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Dois Terços das Novas Matrículas Pós-Pandemia Correspondem a Carros Importados usados

 

 

 

 

No ano de 2022, Portugal assistiu a uma reviravolta notável no mercado automóvel, com dois terços das novas matrículas pós-pandemia a serem ocupadas por carros importados usados. Os números falam por si: quase 105 mil carros, que já haviam sido matriculados noutro país, encontraram um novo lar em solo lusitano. Esta tendência é um marco significativo, demonstrando que cerca de dois terços das matrículas novas em Portugal, no ano de 2022, correspondem a carros importados usados.

 

Esta mudança drástica surge após uma ligeira queda em 2020, quando o mercado nacional acolheu 58.106 unidades de veículos ligeiros de passageiros importados, representando 35,5% do total. No entanto, com a crise nas vendas de modelos novos, a percentagem de matrículas novas de carros importados subiu para notáveis 40%.

 

Estes dados, apresentados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), reforçam a tendência de crescimento exponencial na importação de ligeiros de passageiros usados. Em 2022, esta categoria representou 67,1% do total de matrículas no país, sublinhando a preferência dos consumidores por veículos de segunda mão provenientes de outros países.

 

O secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, atribui esta ascensão notável à crise global de semicondutores, que provocou uma escassez de veículos usados disponíveis no mercado português. Além disso, a livre circulação na União Europeia também contribuiu para esta onda de importações.

 

Este fenómeno traz consigo desafios ambientais e comerciais significativos. A idade média dos automóveis registados em Portugal é de sete anos, levantando preocupações sobre o aumento das emissões, assim como a constituição velha do parque.

Pablo Puey, diretor de operações da Stellantis em Portugal e presidente do Conselho Estratégico da ACAP, sublinha a necessidade urgente de renovar o parque automóvel do país.

 

Portugal na Vanguarda da Mobilidade Sustentável

 

O presidente da ACAP, José Ramos, alerta para os impactos da imposição da venda exclusiva de carros elétricos a partir de 2035 na União Europeia, destacando a necessidade de medidas regulatórias para gerir esta transição.

 

Esta tendência, impulsionada por desafios globais e regulamentações da União Europeia, coloca o país numa posição de destaque na vanguarda da mobilidade sustentável e da adaptação às novas realidades do setor automotivo. Portugal está a liderar o caminho na transição para uma mobilidade mais ecológica e na adoção de práticas mais sustentáveis na indústria automóvel. Este movimento não apenas reflete a resiliência do país, mas também o seu compromisso em enfrentar os desafios do presente em prol de um futuro mais limpo e sustentável.

 

O futuro é elétrico⚡